Mato Grosso do Sul, com 22 comunidades quilombolas reconhecidas, destaca a cultura e história do povo negro como parte essencial de sua identidade. O afroturismo, que valoriza as tradições, gastronomia e manifestações culturais dessas comunidades, se apresenta como uma oportunidade crescente de geração de renda e desenvolvimento sustentável.
Através do convênio “MS + Turismo: Inclusivo, Inovador e Sustentável”, o Sebrae/MS e a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur) oferecem consultoria especializada para estruturar roteiros turísticos e profissionalizar as atividades de afroturismo. A diretora-técnica do Sebrae/MS, Sandra Amarilha, afirmou: “O Turismo de base comunitária é uma das atividades em que o empreendedorismo é latente, onde as pessoas abrem suas casas e compartilham sua cultura com o público externo.”
O diretor-presidente da Fundtur, Bruno Wendling, destacou o crescimento do segmento e a necessidade de ampliar seu alcance: “É um reforço da identidade cultural, a gente abre espaço para que os territórios que trabalham com afroturismo tenham vez e voz. Temos profissionais que realizam esse levantamento de toda a identidade cultural afro de Mato Grosso do Sul. Seus destinos, atrativos, quem trabalha e vive da arte, da economia criativa para que a gente possa ter a capacidade de movimentar esses territórios e trabalhar cada vez mais o contato com o mercado.”

Desde dezembro do ano ado, o convênio entre Sebrae/MS e Fundtur oferece consultoria especializada a sete comunidades quilombolas com potencial para o afroturismo. Um exemplo é a comunidade “Furnas do Dionísio”, localizada em Jaraguari, a 55 quilômetros da capital. A comunidade, que abriga 115 famílias, está se estruturando para receber turistas e oferecer experiências culturais autênticas.
“Com essa ação, descobrimos que a gente já faz do Afroturismo, o que precisamos agora é melhorar. Então, com essa consultoria queremos tirar do papel nossa organização e montar um roteiro mais específico. Nosso intuito é ter uma programação mensal, receber grupos de turistas para rodas de conversa, fazer um eio histórico e cultural e oferecer nossos pratos como o almoço caipira. Então, é uma forma de compartilharmos a nossa realidade e gerarmos renda para a nossa comunidade”, afirmou Vera Lúcia Rodrigues dos Santos, representante da comunidade.
Além de Furnas do Dionísio, outras comunidades quilombolas também estão recebendo apoio, como “Família Ozório” e “Família Maria Theodora Gonçalves de Paula” (Corumbá), “Águas de Miranda” (Bonito), “Furnas dos Baianos” (Aquidauana), “Furnas da Boa Sorte” (Corguinho) e “Tia Eva” (Campo Grande).
A ação culminou na realização da 1ª Conferência de Afroturismo de MS, promovida pelo convênio, que ocorreu na sede do Sebrae/MS na última sexta-feira (28), reunindo especialistas do trade turístico, pesquisadores da área e representantes do poder público e das comunidades quilombolas para debater o potencial dos territórios e fortalecer o segmento.
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