A Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) realizou a segunda reunião virtual de monitoramento da Influenza Aviária com representantes dos estados que integram o Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul): Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A ação reforça o esforço conjunto de prevenção, contenção e resposta coordenada frente à ameaça sanitária à avicultura brasileira. A reunião foi coordenada pelo secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette, e contou com a participação da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), secretarias estaduais, agências de defesa agropecuária, produtores, indústrias e associações do setor, sendo foi marcada pelo compartilhamento de experiências e estratégias em vigor nos estados.
O ex-governador do Paraná e atual secretário do Codesul, Orlando Pessutti, também acompanhou o encontro.
“Coordenamos essa segunda reunião conjunta com o objetivo de ampliar a articulação interestadual diante dos casos atuais de Influenza Aviária. Tivemos um panorama das ações em Mato Grosso do Sul, com a apresentação técnica da fiscal Kamylla Silveira, da Iagro, que detalhou a resposta rápida e os esforços preventivos do Estado”, destacou Artur Falcette.
A inclusão dos órgãos de sanidade animal dos Estados do PR, SC e RS na reunião realizada pelo Governo de Mato Grosso do Sul foi proposta pelo secretário Jaime Verruck, da Semadesc. “A participação do Codesul é fundamental para a articulação conjunta dos estados integrantes do bloco e para a construção de uma resposta coordenada para enfrentar os riscos da Influenza Aviária”, ressaltou Verruck.
Durante a reunião, foi informado que dois casos suspeitos identificados em Mato Grosso do Sul durante o fim de semana anterior foram investigados e descartados. De acordo com os dados da Iagro, até 25 de maio de 2025, o Estado registrou 21 notificações e 7 casos considerados prováveis, todos posteriormente descartados após exames laboratoriais, mantendo o território livre de focos ativos da doença em 2025.
A médica veterinária Kamylla Silveira, fiscal agropecuário da Iagro, ressaltou que os 39 municípios sul-mato-grossenses com produção avícola comercial são considerados de maior risco para a introdução do vírus, conforme análise do Ministério da Agricultura baseada em dados epidemiológicos e genômicos.
“A vigilância continua ativa e o trabalho de educação sanitária e fiscalização tem sido intensificado”, informou.
Ações realizadas pela Iagro
De acordo com o relatório técnico apresentado pela Iagro foram realizadas 155 fiscalizações em 2024, com foco em biosseguridade e renovação de registros. Além disso, em três ciclos de coletas de amostras realizadas em estabelecimentos comerciais e de subsistência, não foi registrada detecção do vírus.
Está vigente, desde julho de 2023, a Declaração de emergência zoossanitária vigente, com plano de contingência implementado.
Foram realizadas 36 palestras e cursos no ano de 2024 e nos meses de janeiro a maio de 2025, com a participação de 2 mil pessoas. Por fim, também foi incentivada a participação em treinamentos com o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) e simulações práticas de atuação em focos.
Além disso, a Portaria Iagro nº 3.735 de julho de 2024 permitiu o retorno dos eventos com aves, com restrições sanitárias rigorosas, limitando-se a espécies específicas e sob exigência de protocolos de biossegurança.
Cooperação no âmbito do Codesul
O encontro também contou com relatos do Rio Grande do Sul, que apresentou sua experiência com um caso confirmado em granja comercial, abordando a contenção eficaz e a atuação imediata das equipes de defesa sanitária. Minas Gerais notificou, recentemente, caso da doença em ave silvestre, o que reforça a necessidade de vigilância contínua.
Ao final da reunião, foi deliberada a continuidade dos encontros técnicos, com uma nova rodada de discussões agendada para a próxima semana. “Essa cooperação técnica, o alinhamento com o setor privado e a transparência na comunicação entre os estados são fundamentais para proteger a avicultura, garantir a sanidade animal e preservar a sustentabilidade econômica do setor”, completou Artur Falcette.
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