No próximo dia 18 de dezembro, Neyla Regina Silva Galharte e Rubens Galharte completam 56 anos de casamento. Mas é no Dia dos Namorados, 12 de junho, que o amor entre os dois ganha ainda mais simbolismo. Unidos por décadas de afeto, amizade e superação, o casal é um exemplo raro de paixão cultivada com cuidado, respeito e poesia — literal e emocional.
“Nosso namoro começou com um porquinho”, conta Neyla, aos risos, lembrando do animal que escapava do quintal e virava pretexto para Rubens ir ajudá-la. Na época, ela tinha 14 anos, ele, 24. Moravam no mesmo bairro e aos poucos a amizade virou iração. O primeiro beijo veio só depois de um compromisso firmado com palavras. “Se você quer um namoro de verdade, eu também quero. Mas vamos fazer isso direito”, ele disse.

A história dos dois é cheia de detalhes que revelam a delicadeza do vínculo: a pulseira e o anel com pedra verde que Rubens lhe deu antes mesmo do pedido oficial de namoro, a valsa nos 15 anos dela e os encontros ao som de novelas no rádio. O noivado veio algum tempo depois, e o casamento, um ano mais tarde, na mesma data em que começaram a namorar: 18 de dezembro.
Desde então, a vida foi construída lado a lado. Tiveram três filhos: Marcello Henrique Galharte, hoje procurador do município; Fabiana Galharte Pereira, fisioterapeuta; e Fernando Galharte, profissional de marketing. A família cresceu com dois netos e duas netas, que também herdaram o afeto e a união como valores de berço. “A família me fascina e me faz acreditar no céu, a luz divina que ilumina o nosso lar”, diz um dos poemas escritos por Rubens.
A rotina do casal é simples, mas repleta de gestos de cuidado. “Ele leva o café na cama até hoje”, diz Neyla. Rubens, aos 81 anos, acorda cedo, varre o quintal e prepara o café da manhã. Ela, aos 72, prefere dormir mais um pouco, mas é acordada com carinho — e café fresco. “A gente não dorme sem abençoar um ao outro”, completa ele, que também é poeta e já participou de concursos literários nacionais. “Deus me deu esse dom. Eu sou um homem romântico.”

No Dia dos Namorados, as comemorações seguem fiéis ao estilo do casal: uma mesa bonita posta em casa, uma pizza ou um jantar preparado com carinho. “Sempre comemoramos. Mesmo que eu não possa sair muito, a gente faz aqui”, diz Neyla. Às vezes, os filhos mandam uma refeição especial. Outras, os dois preferem preparar juntos, como tantas coisas que fizeram lado a lado por mais de meio século.
“Hoje em dia, a gente vê casamentos que não duram dois, três anos. Nós lutamos pelo nosso. Casamento não é só flores, mas é preciso saber superar”, reflete Neyla. Rubens concorda: “Nosso amor é baseado no respeito. E a paixão continua. Até hoje, saímos de mãos dadas. Às vezes, as pessoas olham, se encantam. Mas é assim: a gente ainda namora.”

A história de Neyla e Rubens não é só um retrato do ado, mas uma inspiração para o presente. Em um mundo apressado, em que laços muitas vezes se desfazem rápido, eles mostram que o amor verdadeiro ainda existe — e pode durar uma vida inteira.
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