As precipitações nos últimos sete meses superaram a média do ano ado e o Pantanal acumula muita água nos campos, ressurgiram corixos e baias e alguns rios secos, como o Abobral, voltaram a correr e fluir pela planície. O cenário é otimista e sinaliza que os focos de incêndios serão menos acentuados esse ano, segundo os pantaneiros e especialistas.
Nesta terça-feira, 10 de junho, a régua de Ladário registra o nível de 3 metros, melhor índice após o recorde centenário de -69 centímetros, registrado em 17 de outubro do ano ado. A recuperação da região é visível pelo volume de água no canal do Rio Paraguai, com transbordamentos em trechos que até então estavam em situação crítica.
Para o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), a situação atual é otimista. “O cenário é muito positivo, o Pantanal segue enchendo, e provavelmente, se tiver algum fogo vai ser localizado, entre outubro e novembro, período mais crítico de seca”, avalia Ângelo Rabelo, presidente do IHP.
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), que monitora continuamente a bacia, o Rio Paraguai continuará subindo até a primeira semana de julho.
Essa água seria resultado dos últimos repiques do rio na cidade mato-grossense, localizada próxima às cabeceiras da principal veia hídrica da bacia, e chegaria a Corumbá e Ladário no final do mês – cenário que confirmaria as previsões do SGB. As chuvas mais volumosas no alto Pantanal elevaram o rio ao nível de 4,54m em Cáceres, na primeira semana de fevereiro, bem acima do pico máximo (3,86m) do ano ado, porém inferior a 2022 e 2023.
Relatos dos pantaneiros mostram que as águas voltaram à planície de forma dispersiva. Em algumas regiões, caminhões não chegam mais às fazendas, devido aos atoleiros, e o gado está enfrentando os alagados até os leilões ou portos.
Para a Embrapa Pantanal, que ainda não apresentou prognóstico este ano do comportamento das águas, é considerado uma cheia normal quando o rio atinge 4,0 m em Ladário. O SGB considera “estável” o nível do Paraguai nos principais pontos, incluindo Ladário e Porto Murtinho, onde teve uma elevação de 2,00m com as fortes chuvas de abril. Último boletim do órgão, em 4 de junho, faz previsão de chuvas nas próximas duas semanas na região. *Com informações do CG News
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